Carmézia Emiliano e a vida macuxi na floresta
A vida e a cultura do povo Macuxi, além da paisagem natural de Roraima, são as grandes fontes de inspiração da artista indígena Carmézia Emiliano, que, nos últimos anos, vem firmando o seu nome no cenário das artes visuais do País. No dia 13 de abril, o Museu do Pontal inaugura a sua primeira individual no Rio de Janeiro, Carmézia Emiliano e a vida macuxi na floresta. Com curadoria dos diretores do museu, Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, a mostra reúne 21 pinturas (em tinta óleo e acrílica).
Autodidata, Carmézia Emiliano (Normandia, Roraima, 1960) começou a pintar em 1992, utilizando tintas naturais, feitas de ingredientes como folha de algodão roxo, pimenta e jenipapo. Não parou mais e, aos poucos, foi experimentando novos materiais e aprendendo com a prática. Sua trajetória de vida marca a sua arte, que funciona também como uma forma de propagar sua origem e cultura. O dia a dia dos indígenas, a rotina na maloca, os mistérios do Lago Caracaraña, a diversidade dos animais estão entre os elementos presentes em suas pinturas.
Nascida e criada na Maloca do Japó, onde hoje fica a Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, a artista passou a viver em Boa Vista, a partir dos 29 anos. Sua primeira exposição aconteceu em 1996, no Sesc Boa Vista. Mas, a partir dos anos 2020, sua pintura ultrapassou rótulos e fronteiras. Em 2023, contou com uma individual no Masp e participou da 35ª Bienal de Artes de São Paulo e da primeira Bienal das Amazônias.
Período: 13 de abril de 2024 – 1 de setembro de 2024