Fronteiras da Arte – Criadores Populares
O Espaço Cultural BNDES e o Museu Casa do Pontal inauguram dia 24 de abril (quarta), às 18h, a exposição FRONTEIRAS DA ARTE – CRIADORES POPULARES, uma produção do Museu Casa do Pontal, na Galeria do Espaço Cultural BNDES. Com a proposta de provocar o público a rever seus conceitos sobre arte e artistas do universo popular, a mostra apresenta um conjunto de 100 esculturas e modelagens feitas por 27 autores de todo o país. A visitação será de 25 de abril a 28 de junho, das 10h às 19h.
Tendo em vista estimular que o público repense essa produção, longe dos estereótipos que determinam historicamente o campo da arte popular, a exposição traz os consagrados Mestre Vitalino e Dona Isabel, além de Ulisses, Galdino e Francisco Graciano, que adotam linguagens instigantes e pessoalizadas. Uma instalação de mais de 500 pratos, feitos artesanalmente para esta exposição, dialoga com algumas obras emblemáticas na constituição da arte popular como um campo de arte. Essa instalação propõe um jogo no qual a relação arte/artesanato se explicita e, simultaneamente, afirma suas diferenças: contrapondo a produção em série com criações nas quais a subjetividade e autoria são evidenciadas.
“Assinalando o desenvolvimento de estilos singulares e de linguagens originais, a exposição Fronteiras da Arte pretende balizar o poder da criação – presente em todos os meios sociais - na transformação de vidas. Por meio de rica criação plástica, indivíduos das camadas populares inventam mundos imaginários e os compartilham conosco.”, diz a curadora Angela Mascelani, que estará presente na abertura da mostra, dia 24, a partir das 18h. “É o caso de Francisco Graciano, artista novo na coleção, que vive num sítio nas cercanias sertanejas do Cariri, no Ceará. De suas mãos nascem formas de animais as mais diversas, cujos cromatismos exuberantes dialogam com a luminosidade do sertão. Desde 2003 vínhamos investigando os artistas da região, com o setor de pesquisa, que é voltado para o aprofundamento do conhecimento sobre artistas brasileiros, de maneira a acompanhar as mudanças que ocorrem no campo e difundi-las. Fizemos várias viagens pelo interior, descobrimos artistas fascinantes.”, completa Ângela.
Na seleção das obras também emergem as relações entre bichos e gente como uma temática que interessa a vários artistas. O encanto pelos animais e pelos seres sobrenaturais, metade humano, metade animal, que lembram seres mitológicos e antigas divindades, possibilita uma outra camada narrativa no desenvolvimento da questão das fronteiras. Um convite a embarcar no imaginário do Brasil e mostrar que a arte rompe fronteiras e pode nos levar além das perspectivas, ampliando horizontes e balizando talentos de todas as classes e regiões.
“Acreditamos que a exposição será uma oportunidade para o público pode ver o acervo do Museu Casa do Pontal, que nesse momento está fechado após sofrer a pior inundação de sua história, com as chuvas dos dias 9 e 10 de abril”, afirma Angela Mascelani, curadora da mostra e diretora do Museu Casa do Pontal.
Espaço Cultural BNDES
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