Visa a produção de conhecimento sobre a arte, as culturas populares, o artesanato tradicional brasileiros e seus campos correlatos.Dedica-se a investigações relativas ao acervo sob a guarda da instituição, seus autores e temas gerados a partir de seus universos culturais de referências. Também visa compreender criticamente os processos por meio dos quais essa produção legitima-se na atualidade como um campo cultural relevante para o Brasil e os brasileiros. Ainda interessa-se pelo entendimento da cadeia produtiva na qual a produção se insere e nos seus efeitos, colocando em cheque as perspectivas dialógicas que contrapõem rural e urbano; tradição e modernidade; antigo e contemporâneo; passado e futuro.
As pesquisas partem das obras da coleção para a investigação do universo simbólico no qual esta produção está inserida e, ao mesmo tempo, ao qual ela nos remete.
Interessam-se tanto pelos núcleos comunitários onde a produção artística é feita no contexto de uma tradição de saberes e fazeres comuns, quanto pela produção de artistas populares que se destacam por sua singularidade.
Dedica-se ainda ao desenvolvimento de pesquisas sobre temas da cultura popular, das artes étnicas, dos processos de circulação e consagração de objetos, projetos de memória, processos de patrimonialização e a função social das atividades centradas na coleção de objetos.
Estas pesquisas são a base do trabalho de difusão da arte popular, por meio de ações educativas (visitas educacionais ao acervo, seminários e oficinas de formação continuada de educadores e gestores sociais) e ainda: publicações, exposições, realização de registros audiovisuais e de filmes.
Catálogos
Primeira edição, 2016 | 46 páginas
Figuras e Brincantes - Arte e Performance na Cultura Popular
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
Esta exposição nasce do desejo de homenagear os mestres da cultura popular, celebrar a riqueza do patrimônio imaterial presente no acervo do Museu Casa do Pontal e comemorar os dez anos de promulgação da Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, pela Unesco.
Entre as muitas expressões festivas que acontecem no Brasil, selecionamos o Bumba-meu-boi, a cavalhada, o mamulengo, o cavalo-marinho, o jongo e o fandango. Esta mostra comemora também dez anos do reconhecimento do jongo como patrimônio cultural brasileiro (2005-2015) e o reconhecimento, em 2011, do Museu Vivo do Fandango como boa prática em prol da salvaguarda do patrimônio imaterial, pela Unesco. Destaca ainda a cessão em comodato ao Museu Casa do Pontal do rico acervo de mamulengos reunido pela artista e pesquisadora Adriana Schneider, o qual vem somar-se ao acervo de máscaras de cazumba, cedido pela fotógrafa e também pesquisadora Maria Mazzillo.
Primeira edição, 2015 | 43 páginas
OSGEMEOS no Museu do Pontal
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
A proposta conceitual criada pelos OSGEMEOS para os jardins do Museu Casa do Pontal – um bunker protetor – inspira pensar sobre a arte e seu poder de intervenção na realidade. E, simultaneamente, faz deste acontecimento uma rara oportunidade de considerar a cidade naquilo que ela tem de mais denso e mais vulnerável: sua vida sensível e a instabilidade de suas redes de pertencimento. No caso, além de instáveis, essas redes são insuficientes para assegurar que um patrimônio de tamanha relevância, tombado como Patrimônio Cultural da Cidade do Rio de Janeiro em 1991, seja preservado e não ameaçado em sua segurança pela violenta especulação imobiliária que atinge a cidade.
Primeira edição, 2014 | 32 páginas
Criaturas Imaginárias
Manoel Galdino e os contemporâneos
Angelo Venosa, Cristina Salgado, Eliane Duarte e Zé Carlos Garcia
Autora: Angela Mascelani
A exposição CRIATURAS IMAGINÁRIAS reúne 18 modelagens do ceramista Manoel Galdino, do acervo do Museu Casa do Pontal, com algumas obras dos artistas contemporâneos Angelo Venosa, Cristina Salgado e Eliane Duarte, da Coleção João Sattamini (MAC – Niterói), e uma de Zé Carlos Garcia, de seu acervo particular.
A ideia desta exposição é permitir que as criações destes artistas, cujas diferenças vão além de suas biografias pessoais, possam ser vistas e pensadas a partir de um encontro não casual, no qual se acentuam alguns pontos precisos de contato. No caso, esses pontos se estabelecem a partir do interesse pelo extra-ordinário e de como este se realiza na fusão homem/bicho, na noção de tempo referida a uma ancestralidade, na ênfase do corpo.
Primeira edição, 2012 | 96 páginas
Liturgias Contemporâneas: Farnese de Andrade e os ex-votos
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
Catálogo da exposição Liturgias Contemporâneas, exibida no Museu Casa do Pontal de 04 de junho A 22 de setembro de 2012. A mostra apresenta uma seleção de obras feitas por Farnese de Andrade nas quais alguns objetos votivos, conhecidos como ex-votos, são apropriados pelo artista, tornando-se parte de suas composições. Sua obra é apresentada em diálogo com ex-votos da coleção do Museu Casa do Pontal, duplamente deslocados do campo da religião para o campo da arte, campo instaurador, por excelência, de sacralidades contemporâneas. O que se sugere é que se pense sobre estes trânsitos e sobre os tipos de atracagens às quais os ex-votos encontram-se submetidos tanto no espaço do museu como nas apropriações feitas pelo artista, ao utilizá-los em suas obras. São 13 obras do artista Farnese de Andrade, cedidas pelos colecionadores Stützer, Diógenes Paixão, Ananda e Jô Frazão, Maria Augusta Andrade Lopes, Ronie Mesquita, Gilberto Chateaubriand (MAM RJ) e João Sattamini (MAC,RJ). Além disso, participam da mostra 141 ex-votos da coleção do Museu Casa do Pontal, de autoria desconhecida, procedentes do Canindé-CE. A proposta desta mostra foi do marchand Afonso Costa.
Primeira Edição, 2012 | 60 páginas
O Brasil Na Arte Popular
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
A exposição O mundo da Arte Popular Brasileira – Acervo Museu Casa do Pontal apresenta no Espaço Brasil, na LX Factory, em Lisboa, Portugal, o principal acervo de arte popular do Brasil. Esta mostra se realiza dentro da programação cultural do Ano do Brasil em Portugal, que tem como objetivo fortalecer as relações recíprocas entre os países. São cerca de 120 obras representativas da coleção de mais de oito mil peças reunidas durante cinquenta anos pelo designer e colecionador francês Jacques Van de Beuque, que as recolheu nas centenas de viagens que empreendeu pelo interior do país. Também serão exibidos uma seleção de filmes focados no próprio acervo do museu e nos artistas com obras na coleção.
Primeira Edição, 2011 | 60 páginas
Caminos del Arte Popular Brasileño - Paraguai
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
Realizada em Assunção, no Paraguai, a exposição “Caminhos da Arte Popular Brasileira – Acervo Museu Casa do Pontal” apresentou cerca de 200 obras e abrangeu as atividades cotidianas, festivas, imaginárias e religiosas do povo brasileiro. O critério da curadoria pautou-se por trazer uma coleção sintética que fosse capaz de mostrar a diversidade da arte popular feita no Brasil. Orientada por um recorte histórico e temático estiveram presentes os principais nomes desse campo de arte: Mestre Vitalino, com a obra “Lavoura”; Zé Caboclo, com as obras “Fotógrafo” e “Bom-dia”, Manuel Eudócio e Luiz Antônio, com seu fascínio pelas máquinas, os mineiros GTO e Dona Isabel, além de importantes artistas de outras regiões do país. A mostra fez parte das comemorações do bicentenário da República do Paraguai e foi realizada no Museo del Barro, que reúne um rico acervo de arte popular, indígena e contemporânea. Além da exposição, foi realizado um seminário voltado para artistas e artesãos e aberto a estudantes de arte, no qual foram discutidas as diferentes formas de criação artística.
Primeira Edição, 2011 | 138 páginas
O Brasil na Arte Popular
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
Catálogo da exposição “O Brasil na Arte Popular” exibida no Museu Nacional da República de Brasília, entre maio e junho de 2011, com 1.500 obras de 70 artistas populares, a maior do gênero já realizada no país. Com curadoria de Angela Mascelani – diretora do Museu Casa do Pontal – a exposição destacou, em alguns casos, o artista individual, com seu pensamento, sua criação formal e soluções plásticas encontradas. Em outros, a ênfase foi posta na coletividade, com suas marcas comuns, caso do Alto do Moura/PE, Vale do Jequitinhonha/MG, certas áreas do Cariri/CE e Vale do Paraíba/SP. Foram exibidas obras de artistas de núcleos cerâmicos conhecidos e de outros, isolados. Destacaram-se a presença de Mestre Vitalino e as primeiras obras feitas por ele, ainda na década de 1940. Do Vale do Jequitinhonha destacaram-se Dona Isabel Mendes da Cunha e Noemisa Batista. Do sul de Minas Gerais, estiveram presentes GTO (Geraldo Telles de Oliveira) e o fantástico Antônio de Oliveira, que criou seu “mundo encantado”, composto por mais de três mil esculturas. Da região do Cariri, no Ceará, a exposição seleciona Nino e suas toras entalhadas de maneira vigorosa e sintética. E ainda as placas das irmãs Maria de Lourdes Cândido e Cícera, e outros familiares. De Santa Catarina, o arte do presépio de Zequinha, de São José, assinala a presença açoriana e sua importância do Sul do país. O Brasil na Arte Popular mostra também a arte visionária de Manuel Galdino, Nhô Caboclo, Ulisses Preira Chaves e Dadinho, além das diversas manifestações festivas e religiosas – Carnaval, Bumba-meu-boi, Boi de mamão, Cavalo Marinho, Maracatu, Cavalhada, Folia de Reis, Calango, Pau- de-fitas etc.
Primeira Edição, 2011 | 44 páginas
Máquinas Poéticas
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
Catálogo da exposição Máquinas Poéticas, exibida no Museu Casa do Pontal de fevereiro a agosto de 2011. A exposição promoveu o encontro da obra de Abraham Palatnik, pioneiro da arte cinética no Brasil, e dos artistas populares Adalton, Laurentino, Nhô Caboclo e Saúba, a partir da temática do movimento. A mostra – curadoria da antropóloga Angela Mascelani, diretora do Museu, e Afonso Henrique Costa, integrante do Conselho da Instituição – inaugurou uma série de diálogos entre a arte popular e a arte contemporânea no Museu Casa do Pontal. “Máquinas poéticas” reuniu seis trabalhos de Abraham Palatnik (Natal, 19 de fevereiro de 1928), das quais duas de seu acervo particular e as demais da Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM Rio. Os trabalhos dos artistas Adalton Fernandes Lopes (1938 – 2005), Laurentino (1937 – 2009), Nhô Caboclo (? – 1976) e Saúba (1953) pertencem ao Museu Casa do Pontal.
Primeira Edição, 2009 | 64 páginas
Adalton, Senhor do Barro
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro / Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/ IPHAN e Museu Casa do Pontal se unem numa homenagem a este que foi um dos grandes artistas populares cuja obra emerge nos anos de 1970: Adalton Fernandes Lopes (1938-2005). Reconhecido por colecionadores e pesquisadores e admirado por todos aqueles que se interessam pela arte e a cultura popular brasileira, a obra de Adalton tem destaque nas coleções permanentes dessas instituições. Integra ainda o catálogo e a mostra objetos cedidos gentilmente pela Divisão de Folclore/INEPAC, pela família do artista e por suas amigas Amélia Zaluar, Delzimar Coutinho e Cáscia Frade. O catálogo apresenta o artista e sua obra por meio de textos críticos, nos quais são enfatizados os aspectos históricos.
Primeira Edição, 2004 | 32 páginas
Arte Popular, Arte de Ponta
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
O Museu Casa do Pontal realizou no Espaço BNDES, no Rio de Janeiro, a exposição “Arte Popular – Arte de Ponta”. A mostra reuniu cerca de 150 obras de alguns dos mais representativos artistas brasileiros. Além da arte figurativa –– reconhecida pelos inconfundíveis bonecos de barro da região Nordeste, com destaque especial para Mestre Vitalino –, também foi dada relevância à chamada arte visionária ou fantástica, representada pela obra icônica “Lampião-Sereia”, de Manuel Galdino (Alto do Moura, Caruaru, PE), escultura que cria uma ponte lúdica entre o sertão e o mar. A abordagem curatorial contemplou os aspectos históricos da constituição do campo da arte do povo brasileiro, assinalando sua contemporaneidade.
Esta exposição apresentou ainda uma particularidade: foi uma homenagem a Guy Van de Beuque, diretor do Museu Casa do Pontal de 1996 a 2004 e filho de Jacques Van de Beuque (o criador dessa coleção, que reúne cerca de oito mil peças de mais de 200 artistas brasileiros). Guy Van de Beuque faleceu em janeiro de 2004, momentos antes da inauguração de uma exposição do acervo do Museu no Crafts Museum, na Índia.
Livros
Primeira Edição, 2010
Materiais educativos complementares ao Programa Educacional e Social
Organização: Museu Casa do Pontal
O conjunto de materiais educativos “O que você vai levar?” é voltado para instituições de ensino e cultura que participam das visitas educacionais do Museu. Reúne um exemplar do livro O mundo da arte popular brasileira, de Angela Mascelani (antropóloga e diretora do Museu Casa do Pontal), um livro com sugestões de atividades para o educador realizar em sala de aula, 12 pôsteres e 40 cartelas com reproduções de cerca de 70 imagens de obras do acervo do Museu Casa do Pontal. O livro do educador oferece sugestões de atividades interativas formuladas por uma equipe multidisciplinar, que inclui além de Angela Mascelani, a coordenadora do programa educacional, a arte educadora Juliana Prado e a especialista em gestão na área de cultura popular Joana Corrêa. Os capítulos acompanham alguns dos temas da exposição permanente do Museu Casa do Pontal e destacam a obra de artistas cujas obras integram o acervo, como Noemisa Batista (Vale do Jequitinhonha, MG), Antonio de Oliveira (MG), Adalton Lopes (RJ), Manuel Galdino (Alto do Moura, PE), Mestre Vitalino (Alto do Moura, PE) e Nhozim (MA). Com patrocínio da Petrobras, que apoia a instituição desde 2004, o conjunto é distribuído gratuitamente para escolas e projetos sociais e de acordo com a visitação (1 exemplar por instituição), permitindo o aprofundamento da relação escola-museu. Foi destinada uma pequena cota para venda, exclusivamente no Museu Casa do Pontal, com desconto de 50% para professores da rede pública e particular, mediante comprovação de matrícula.
Segunda Edição Revisada, 2009 | 112 páginas
O Mundo da Arte Popular Brasileira (Edição Educadores)
Angela Mascelani
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
Esta reedição, em versão mais compacta, do livro “O Mundo da Arte Popular Brasileira”, publicado pela primeira vez em 2002, surgiu a partir do interesse por aprofundar o contato e estimular o intercâmbio de informações com professores, diretores e gestores de projetos educativos e sociais, valorizando conteúdos complementares aos transmitidos pela visita presencial ao acervo. Constitui, também, uma oportunidade de ampliar e subsidiar a discussão da arte popular como patrimônio cultural do país, favorecendo a compreensão da realidade em sua dimensão plural.
Sua autora, Angela Mascelani, é doutora em antropologia cultural pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestre em antropologia da arte pelo Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da mesma universidade. Desde 2004, é diretora do Museu Casa do Pontal.
Segunda Edição, 2009 | 180 páginas
Caminhos da Arte Popular - Vale do Jequitinhonha
Angela Mascelani
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
De perfil sócio-antropológico, nessa publicação texto e fotos compõem uma narrativa coordenada e aberta a múltiplas interpretações. Além de trazer uma cuidadosa seleção de obras, problematiza algumas questões próprias aos mundos de arte. São elas: Quais as fronteiras entre arte e artesanato? Quais os processos de renovação e validação de novos artesãos e artistas? Como as “tradições” são atualizadas no contexto atual de fortes e aceleradas mudanças sociais? Como se explicitam as relações entre o “rural” e o “urbano”?
O livro “Caminhos da Arte Popular: o Vale do Jequitinhonha” é fruto de vários anos de pesquisas do Museu Casa do Pontal e da antropóloga Angela Mascelani junto a artistas dessa região.
Terceira Edição, 2009 | 144 páginas
O Mundo da Arte Popular Brasileira
Angela Mascelani
Mauad / Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
O livro “O Mundo da Arte Popular Brasileira” é considerado pela crítica como referência para os estudos sobre a arte popular brasileira. O livro tem formato de catálogo de arte, reunindo imagens de alta qualidade, textos sobre história da arte popular brasileira e sobre diversas manifestações culturais de nosso país, além de biografias e retratos de artistas populares. São apresentadas 200 imagens de obras da coleção reunida por Jacques Van de Beuque no Museu Casa do Pontal, criadas por renomados artistas que marcaram a trajetória da arte brasileira, como Mestre Vitalino, Noemisa Batista, Manoel Galdino, GTO, entre outros. Ao mesmo tempo reflexão e registro histórico, o livro discute os processos por meio dos quais a produção artística popular ganha reconhecimento público como uma forma de arte contemporânea. Também identifica as principais regiões do Brasil nas quais esse gênero floresce. Analisa seus temas mais freqüentes, sublinhando a diversidade de tratamentos e de estilos que concorrem para tornar a arte feita pelo povo brasileiro uma das mais fecundas do mundo.
Sua autora, Angela Mascelani, é doutora em antropologia cultural pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestre em antropologia da arte pelo Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da mesma universidade. Desde 2004, é diretora do Museu Casa do Pontal.
Primeira Edição, 2008 | 60 páginas
Caderno de Conservação e Restauro de Obras de Arte Popular Brasileira
UNESCO, Brasília / Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
O “Caderno de Conservação e Restauro de Obras de Arte Popular Brasileira” apresenta a experiência do Museu Casa do Pontal em preservar seu acervo de mais de 8.000 obras de arte popular, datadas a partir das primeiras décadas do século XX até os dias de hoje. A publicação trata de alguns dos desafios de expor, difundir e, ao mesmo tempo, garantir longevidade a uma coleção cuja trajetória começa na década de 1950, a partir da iniciativa particular do designer francês Jacques Van de Beuque, e há trinta anos está disponível ao público. Diante da especificidade e da diversidade da arte popular brasileira, a proposta de publicar, em parceria com a UNESCO, o conhecimento acumulado e construído pelo Museu teve como estímulo sistematizar práticas direcionadas de conservação e restauro neste campo.
Primeira Edição, 2006/2007 | 64 páginas
Seminários Temáticos Arte e Cultura Popular
Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro
Os Seminários Temáticos Arte e Cultura Popular integram as ações do Ponto de Cultura do Museu Casa do Pontal e constituem, ao mesmo tempo, um desdobramento das atividades do programa educacional mantido pela instituição desde 1996. Têm como proposta reunir artistas populares, pesquisadores, educadores, universitários e gestores culturais para trocar idéias, aprofundar conhecimentos e, sobretudo, formular ações educativas, sociais e culturais que proporcionem experiências de diálogo relativas à arte e à cultura popular brasileira.
O programa educacional do Museu Casa do Pontal é voltado para estudantes e participantes de projetos sociais e visa ampliar o acesso a obras de arte popular brasileira e seus contextos histórico-culturais por meio de visitas teatralizadas ao acervo e exposições itinerantes educativas. Em 2005, passamos também a atuar como Ponto de Cultura do Programa Cultura Viva – proposta do Ministério da Cultura, que visa criar no país uma rede de espaços que funcionem como agentes culturais, interagindo com as comunidades de seu entorno.
Os textos reunidos nesta apostila têm como objetivo enriquecer os debates e fornecer aos participantes do seminário subsídios para uma reflexão crítica e propositiva. Desejando que tenham um bom proveito, agradecemos aos autores e a todos que colaboraram para a realização dos seminários.
Artigos
2023
Criação Artesanal no Oeste Baiano
Jancileide Souza dos Santos
No programa “Arte e Cultura Popular em Rede”, organizado pelo Museu do Pontal, as artesãs Maria Aparecida dos Santos Araújo (Cida) e sua filha, Laura Inácia dos Santos Araújo, falaram de suas trajetórias, com destaque para o trabalho que fazem na Associação de Cerâmica Nossa Senhora de Fátima, localizada na cidade de Barra (Oeste baiano).
2023
Sonoridades do Jequitinhonha – Música e Cultura Popular
Joana Corrêa
A live Sonoridades do Jequitinhonha, realizada no 13 de julho, às 18h, pelo canal do YouTube, o Museu do Pontal recebeu dois grandes ícones da música e das tradições do Vale do Jequitinhonha: Mestre Antônio de Bastião, tamborzeiro, artesão e raizeiro, natural de Minas Novas, e Rubinho do Vale, da cidade de Rubim, músico, compositor e articulador de sonoridades mineiras, A mediação foi feita pela antropóloga Joana Corrêa, também residente na região do Alto Jequitinhonha.
2023
Lideranças femininas nos festejos juninos
Juliana Manhães
O que duas mulheres em territórios de tradição trazem nos seus percursos que produzem potentes confluências? Esta live apresenta duas lideranças femininas, que regem um movimento artístico, pedagógico, político e social dialogando com suas comunidades e dirigindo com afeto suas ações, potencializando suas dinâmicas coletivas.
2023
Viver Arte e Natureza: as experiências do GAE e a agente húmus
Mariana Ferreira Fraga
Do ponto de vista das Ciências Sociais, a Memória Social está, pA experiência de natureza na Cidade do Rio de Janeiro é bastante diferente do narrado pelo artista Petrônio na Ilha do Ferro. É uma cidade com muitas florestas urbanas, mas que também apresenta questões socioambientais complexas de uma grande cidade.
2023
Roxinha: Uma vida de novela
André Dantas
Em andanças pelo sertão de Alagoas à cata de preciosidades populares, encontrei Roxinha (Maria José Lisboa da Cruz) no povoado Lagoa de Pedra, próximo à Ilha do Ferro, Município de Pão de Açúcar.
2023
Arte indígena do barro ao cinema
Nyg Kuitá Kaingang e coletivo kaingang Nẽn Ga
As práticas com a cerâmica, assim como muitos outros conhecimentos do povo Kaingang, foram adormecida pelos muitos anos de contato com os fóg, os não-indígenas, que impuseram formas de conhecer e trabalhar nos territórios kaingang, perseguindo e proibindo a prática kanhgág jykre (pensamento/cultura Kaingang). Essas práticas perseguidas são os conhecimentos ancestrais kanhgág, do qual faz as relações de cuidado espiritual com o barro.
2023
Mulheres na Escultura e na Arte Popular
Angela Mascelani
O projeto “Arte e cultura popular em rede”, que conta com apoio do Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM, problematiza e discute as questões contemporâneas que atravessam e impactam as relações entre artistas, mestres, e os campos das culturas populares e das artes em todo o Brasil. Na primeira live desse projeto optamos por falar dos papéis das mulheres na escultura e na arte popular a partir da perspectiva de duas artistas, com histórias de vida bem distintas entre si: Socorro Rodrigues e Sil da Capela.
2022
Saberes circenses: uma escola permanente
Daniel de Carvalho Lopes e Erminia Silva
A organização do circo, nos diferentes lugares para os quais seus artistas migraram, foi marcada pelas relações singulares estabelecidas com as realidades culturais e sociais específicas de cada região ou país e sem quebrar a forma de transmissão do saber: familiar, geracional, coletiva e oral.
2022
Palhaços
Alice Viveiros de Castro
Grandes palhaços marcam nossa vida para sempre. Novas gerações amarão outros palhaços, a vida segue, e a festa e o riso seguem com ela.
2022
Dos saltimbancos aos circos
Verônica Tamaoki
Dos saltimbancos, o circo herdou a tradição de transmissão e o aperfeiçoamento de seus conhecimentos de geração em geração – de pai e mãe para filho e filha – e o nomadismo. Graças ao nomadismo atávico dos saltimbancos foi que o novo gênero de espetáculo se espalhou pelo mundo. Chegou ao Brasil no século XIX já adentrado.
2012
O Museu Casa do Pontal e suas coleções de arte popular brasileira
Angela Mascelani
Uma coleção que é reconhecida atualmente como a mais completa do gênero no país e que foi inteiramente reunida pelo artista plástico e designer francês Jacques Van de Beuque. Composta por cerca de 8.000 peças recobre a produção feita em toda segunda metade deste século com obras representativas das variadas culturas rurais e urbanas do Brasil.
2012
Patrimônio Cultural: tensões e disputas no contexto de uma nova ordem discursiva
Regina Abreu
Do ponto de vista das Ciências Sociais, a Memória Social está, pois, indissoluvelmente ligada ao aspecto holista da sociedade, ao que o antropólogo Louis Dumont qualificou de "communitas" - a feição de agregação entre os indivíduos no espaço e no tempo.
2012
Cultura Popular, um conceito e várias histórias
Martha Abreu
Cultura popular é um dos conceitos mais controvertidos que conheço. Existe, sem dúvida, desde o final do século XVIII; foi utilizado com objetivos e em contextos muito variados, quase sempre envolvidos com juízos de valor, idealizações, homogeneizações e disputas teóricas e políticas.
2011
Arte do Povo
Lélia Coelho Frota
Foi precisamente a geração dos românticos, no século passado, a primeira a manifestar o interesse da norma culta pelo patrimônio de raízes populares, em nosso caso particular especialmente mesclado ao pensamento mítico do negro e de índio, já assimilados numa sociedade brasileira.
2011
As Grandes Festas
Maria Laura Cavalcanti
As festas mantêm com o cotidiano uma relação de licença poética: sem dele se esquecerem, até porque supõem laboriosos preparativos e meticulosa organização, dele se afastam temporariamente, introduzindo-nos num tempo especial por meio de elaborada linguagem artística e simbólica.
Transparência
Para realizar ações de pesquisa, documentação e divulgação da arte popular brasileira, o Museu do Pontal conta com o apoio do Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM, por meio do Termo de Fomento 932852.